Desde o período colonial, a cultura do tabaco esteve presente no Brasil, sendo uma das principais atividades econômicas da época. Atualmente, o Brasil se mantém como um dos maiores players dessa commodity: ocupa a liderança nas exportações mundiais desde 1993, no qual abastece mais de 100 mercados, e em termos de produção, fica atrás apenas da China.
O cultivo do tabaco ocorre principalmente no âmbito da agricultura familiar, concentrando-se na região Sul e é um dos principais produtos de exportação do Rio Grande do Sul.
Neste artigo, você irá conhecer sobre o setor produtivo de tabaco no Brasil, com foco nas exportações, entendendo os desafios e sua importância.
Há divergências quanto ao surgimento do tabaco, mas uma das hipóteses é que ele seja originário das Américas, tendo surgido nos Andes Bolivianos.
Em 1492, os companheiros de Cristóvão Colombo observaram os indígenas fumando, e em 1530 o tabaco foi levado à Europa, inicialmente como planta ornamental e medicinal.
Em 1560, após a rainha francesa adotar o hábito de fumar para aliviar enxaquecas, o costume passou a ser seguido por outros nobres da corte e, em pouco tempo, difundiu-se pela Europa.
No Brasil, no século XVI, os portugueses encontraram o tabaco sendo cultivado pelos povos indígenas com caráter sagrado. Era consumido de diversas formas, mas o hábito de fumar predominava.
Durante o período colonial, o tabaco se popularizou como produto comercial, chegando a possuir regulamentações específicas sobre seu plantio e comercialização, consolidando-se como um dos principais itens de exportação do Brasil.
Hoje, a produção de tabaco está concentrada na região Sul, responsável por 94% da produção nacional e baseada principalmente na agricultura familiar. No meio rural, cerca de 620 mil pessoas em 509 municípios da região Sul participam da atividade, além dos empregos gerados nas indústrias.
Do total cultivado, cerca de 90% da produção é destinada ao mercado internacional, tendo como clientes 113 países que compram o produto brasileiro.
Uma diferença desse setor em relação a outras commodities agrícolas é que, ao contrário da maioria delas, produzidas por médias e grandes propriedades, a fumicultura é realizada em pequenas plantações.
O Brasil lidera o mercado, respondendo por cerca de 23% do total exportado no mundo. Em seguida, aparecem:
Já no ranking mundial de produção de tabaco, a liderança é da China, seguida por Brasil, Índia, Zimbábue e Estados Unidos.
O Brasil caminha para manter, pelo 32º ano consecutivo, a liderança mundial nas exportações de tabaco.
No primeiro semestre de 2025, foram exportadas 206,5 mil toneladas do produto, resultando em uma receita de US$1,36 bilhão, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC). Comparando os números ao mesmo período de 2024, houve um crescimento de 5,77% no volume embarcado e de 9,5% nas receitas.
Entre os principais destinos do tabaco brasileiro destacam-se a China, Bélgica, Estados Unidos, Indonésia, Turquia e Emirados Árabes Unidos.
Do total exportado, a maior parte é proveniente do Rio Grande do Sul, principal produtor da cultura. No primeiro semestre de 2025, o estado embarcou 188,3 mil toneladas, gerando receita de US$1,2 bilhão, mantendo-se, até julho, como o produto líder nas exportações gaúchas.
Para 2025, a expectativa do setor é superar a marca de US$3 bilhões em exportações. Essa projeção leva em consideração estimativas da consultoria Deloitte, que prevê um crescimento entre 10,1% e 15% nas vendas ao mercado externo neste ano.
No início de agosto de 2025, foi anunciada pelo governo dos EUA a imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações de diversos produtos oriundos do Brasil, e o tabaco foi incluído nessa medida.
Essa mudança gera preocupação, uma vez que os Estados Unidos representam 9% das exportações brasileiras de tabaco, sendo o terceiro maior destino em volume e valor.
É esperada uma redução no volume exportado ao mercado norte-americano, em razão da perda de competitividade. O setor, no entanto, aposta na possibilidade de direcionar o volume que seria exportado aos EUA para outros mercados, já que é bastante diversificado e mais de 100 países importam o produto.
A maior parte do tabaco exportado no Brasil segue pelo modal marítimo. Trata-se da via ideal para o transporte internacional de commodities, já que oferece melhor custo-benefício, comporta grandes volumes e percorre longas distâncias.
O transporte é um aspecto crucial para garantir a competitividade, além de preservar a qualidade do produto até a sua chegada ao destino.
Em relação aos cuidados, o tabaco é embarcado em contêiner padrão alimento, o que assegura que não haja risco de contaminação ou exposição à umidade, mantendo a integridade do produto até o destino final.
O principal porto de escoamento do tabaco é o Porto de Rio Grande. Em menor escala, também são utilizados os portos de Itajaí, Salvador, Rio de Janeiro e São Francisco do Sul.
O tabaco faz parte da história do Brasil e até hoje continua movimentando a balança comercial, além de contribuir de forma importante na agricultura familiar.
Conforme apontado, o Brasil é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da China, e o Rio Grande do Sul destaca-se como principal polo exportador.
Seguindo padrões internacionais de qualidade, a cadeia produtiva do tabaco brasileiro entrega excelência, assim possibilitando manter a posição de principal exportador mundial há mais de 30 anos. Ainda que as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos representem um desafio, a diversificação de mercados pode ser uma alternativa para mitigar esses impactos.
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