Os metais no Brasil, são considerados commodities industriais devido sua alta importância na produção de bens. Os metais no Brasil são encontrados em sua forma natural ou são derivados de minérios e rochas, são extraídos por meio de mineração, processamento e refino.
A indústria mineral brasileira em 2022, se comparada ao ano de 2021, teve uma queda no desempenho de 26,3%, totalizando um movimento de R$ 250 bilhões. Em 2021, o valor chegou na casa dos R$ 339 bilhões, sendo um valor recorde.
Em 2022 os preços dos metais aumentaram devido à guerra na Ucrânia. Conforme o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), para 2023 a expectativa é manter os números de 2022 devido à instabilidade do cenário mundial, observando os problemas na comunidade europeia e a economia chinesa.
Infelizmente, nos últimos meses o que mais ouvimos, vemos e lemos nas mídias é sobre o garimpo ilegal. Visto isso, o governo brasileiro adotou diversas medidas para combater o garimpo ilegal no Brasil. A principal mudança que ouve é a lei da boa-fé, que existe desde 2013 mostrando que a veracidade das informações é de total responsabilidade do vendedor, ou seja, confiando na palavra dele, sem a necessidade de emissão de nota fiscal eletrônica (NFE) para comprovação. O novo texto, deleta essa cláusula de boa-fé, e obriga, a partir da metade deste ano, a emissão de NFE pelo vendedor do produto.
Isso vai auxiliar diretamente aos órgãos governamentais a controlarem a origem e destino dos produtos, como por exemplo o ouro, após sua extração dos garimpos legais, só pode ser vendido para empresas autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Quando observamos a importação e exportação de metais, vimos que no Brasil é regida pelo Regulamento Aduaneiro, que é o conjunto de normas da Receita Federal que regulamentam o comércio exterior. Abaixo entenderemos um pouco mais sobre esse processo.
Os principais metais no Brasil são: ferro, ouro, alumínio, manganês, cobre, níquel, chumbo, cádmio, estanho, titânio, zinco, vanádio, cromo, molibdênio e tungstênio. Além desses, existem também metais raros, como ítrio, lítio, berílio e tântalo, que são encontrados no Brasil, mas não são extraídos comercialmente.
Além disso, o Brasil também possui um grande potencial para a produção de lítio, usado na fabricação de baterias para veículos elétricos.
Conforme o Valor Econômico, publicado em janeiro de 2023, “Do total faturado em 2022, minério de ferro contribuiu com R$ 153,5 bilhões, seguido de ouro (R$ 23,9 bilhões); cobre (R$ 15,2 bilhões); calcário dolomítico, R$ 8,55 bilhões; e bauxita, R$ 5,66 bilhões) – uma concentração de quase 83% desses cinco produtos”. Assim entendemos a importação dos metais no Brasil.
Alumínio: Sendo o Brasil o 11° produtor de alumínio primário, é um material estrutural em barcos, automóveis, aviões, entre outros. Também para latas, embalagens, papel de alumínio, janelas, portas, divisórias, ferramentas, enfim, uma infinidade de produtos.
Cobre: metal não ferroso, após o alumínio é o mais utilizado por ser um excelente condutor de calor e eletricidade, ductibilidade e capacidade de deformação. Ele é encontrado em inúmeros produtos, fios, cabos, ligas metálicas, automóveis, itens de consumo em geral.
Estanho: O Brasil é produtor e consumidor de estanho. Utilizado para produzir diversas ligas metálicas para recobrir outros metais e proteger contra a corrosão.
Ferro: Por ser um bom condutor de eletricidade e calor, é utilizado na produção de aço, assim se transformando em máquinas, veículos, ferramentas, estruturas, entre vários outros.
Manganês: Utilizado para fabricação de ligas metálicas, é combinado com o ferro para a produção de aço, pode ser utilizado em outras ligas também.
Nióbio: O Brasil é responsável por 90% da comercialização deste metal no mundo, conforme o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Este metal é muito resistente ao desgaste e ao calor, resistente à corrosão e condutor de eletricidade, por estas características, é também utilizado para a produção de aço, fios de ímãs supercondutores (máquinas de ressonância magnética), aceleradores de partículas e até mesmo foguetes.
Níquel: É utilizado para a fabricação de aço-inoxidável, baterias recarregáveis, moedas, equipamentos, entre vários outros.
Ouro: Utilizado para diversos produtos, joias, catalisadores, moedas, pigmentos, dispositivos eletrônicos, película refletora de radiação infravermelha, entre vários outros.
O primeiro passo para importar metais no Brasil é solicitar ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) um Certificado de Registro de Importação (CRI). Na sequência, encontrar um fornecedor com a qualidade e especificações do produto desejadas, é o principal.
Produto definido, inicia a negociação de preços, quantidades, prazos e formas de embarque. Quando concluídas as negociações, o importador deverá solicitar ao fornecedor uma fatura comercial com informações conforme a legislação aduaneira (produto, preço, quantidade, incoterm, país de aquisição, origem e procedência, condições de pagamento, pesos) packing list, contendo as informações da carga, e a declaração de conformidade.
Com todos os documentos em mãos, é necessário solicitar, junto ao Ministério da Fazenda, a licença de importação para o produto desejado. Esta licença deve ser válida por um período de três meses a partir da data da emissão. Finalmente o embarque da carga!
Na chegada ao Brasil, o despachante, representante legal do importador, enviará todos os documentos para a alfândega do Brasil, para serem verificados e o processo de importação ser concluído. Por fim, carga nacionalizada com pagamento de todos os impostos, chegou a hora da coleta.
O importador emitirá a nota fiscal eletrônica (NFE), finalmente podendo retirar os metais importados e começar a utilizá-los na sua produção.
Boas compras!!
Encontrar um comprador é o início de tudo! Mas como? Estudo de mercado, feiras internacionais, eventos, viagens, rodadas de negócios, são inúmeras as formas de buscar clientes! Comprador localizado, iniciam-se os trâmites.
Inicialmente, tem-se o registro do produto, ao qual todos os produtos a serem exportados devem ser cadastrados no Registro Nacional de Produtos Mineralizados (RNPM) para fins de rastreabilidade.
A contratação de serviços de despacho aduaneiro, através de um despachante aduaneiro certificado com expertise no ramo, realizará todos os documentos necessários para a exportação.
Os documentos de exportação devem ser aprovados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN), em primeiro momento. A aprovação do importador também acontece, afinal, ele tem o conhecimento das exigências de seu país.
Com todos os documentos aprovados, chegou a hora da realização da DUE (declaração única de exportação) e embarque da mercadoria, após a escolha do melhor modal de transporte.
Ao finalizar a exportação do produto, o responsável deverá fornecer um relatório detalhado para o SEBRAE, contendo informações sobre os produtos exportados.
Boas vendas!!
Entre em contato conosco para entender em detalhes esse processo, nosso time de profissionais ajudará na melhor forma de realizar todo o processo.
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