Negociar com a China pode ser uma experiência desafiadora, mas também muito gratificante considerando o tamanho e a extrema importância que o mercado chinês tem no cenário econômico global.
Sendo o país, até o momento, mais populoso do mundo, o mercado oferece uma base de consumidores em larga escala permitindo que as empresas busquem um público bastante diversificado de acordo com a estratégia de cada empresa, alto ou baixo valor agregado por produto, conseguindo atingir todos os públicos.
O crescimento econômico, os setores emergentes (tecnologia, inteligência artificial, indústria espacial, automóveis elétricos, energia renovável) oferecem oportunidades para empresas inovadoras impulsionando a economia do país.
A capacidade de produção em grande escala não pode ficar de fora, muitas empresas de todo o mundo dependem da China por este motivo. Oportunidades de investimento e influência geopolítica por ser uma economia em crescimento, também representam oportunidades significativas para as empresas expandirem seus negócios e alcançarem o sucesso em nível global.
Então, vamos entender um pouco mais sobre as negociações com a China? Boa leitura!
A relação entre Brasil e China é uma das mais importantes no cenário internacional. Os dois países mantêm uma parceria estratégica abrangente englobando diversas áreas, como comércio, investimentos, ciência e tecnologia, agricultura, infraestrutura e energia.
Em 2022, como observado abaixo, o Brasil teve um superávit de mais de US$ 28 milhões, resultado de grandes exportações em comparação com as importações. Tanto na importação quanto na exportação, China é nosso principal parceiro comercial, englobando 26,8% do destino das exportações brasileiras e 22,3% das importações.
Exportações, Importações e Balança Comercial – Parceiro: China – 2022
Fonte: Comexstat
Em abril/23, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita à China, assinou mais de 15 acordos nas áreas de inovação, tecnologia, comércio, agricultura, pecuária e diversas outras, reforçando a parceria entre os países.
Visto isso, levantamos alguns pontos chave sobre essa relação tão importante:
O comércio bilateral entre Brasil e China é significativo. Como mostrado na imagem acima, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em termos de exportações quanto de importações. O país asiático é um importante destino para as exportações brasileiras de produtos como soja, minério de ferro, petróleo, carne e celulose. Por outro lado, o Brasil importa da China uma variedade de produtos, incluindo eletrônicos, maquinários, produtos manufaturados e têxteis.
A China tem aumentado seus investimentos no Brasil nos últimos anos. Empresas chinesas têm participado de projetos de infraestrutura, energia, agricultura e mineração no país. Além disso, há um crescente interesse chinês em investir em setores como tecnologia, telecomunicações e serviços financeiros no Brasil.
Brasil e China têm buscado fortalecer sua cooperação em diversas áreas estratégicas. Acordos e parcerias foram estabelecidos nas áreas de ciência e tecnologia, agricultura, energia renovável e espaço. Os dois países também têm promovido intercâmbios culturais e educacionais para fortalecer os laços bilaterais.
A China é um dos principais compradores de produtos agrícolas brasileiros. A soja brasileira é especialmente importante nas relações bilaterais, com a China sendo o maior importador desse produto. Além disso, a China tem investido em projetos de infraestrutura e agricultura no Brasil, visando aumentar sua segurança alimentar.
A relação Brasil-China também enfrenta desafios e controvérsias. Questões relacionadas à concorrência comercial, propriedade intelectual e barreiras comerciais têm sido pontos de tensão. Além disso, a preocupação com o impacto ambiental e social de projetos chineses de infraestrutura e mineração no Brasil também tem gerado debates.
É importante destacar que a relação entre Brasil e China é complexa e está em constante evolução. Ambos os países têm interesse em promover uma cooperação econômica e política mutuamente benéfica, mas também precisam lidar com as diferenças e desafios que surgem ao longo do caminho.
Sendo umas das civilizações mais antigas do mundo (1°Egito, 2°Índia, 3°Babilonia e 4°China) com grande obediência a hierarquia, o homem mais velho sempre fica em primeiro lugar. Com crenças bastante enraizadas, alguns presentes não são bem aceitos por terem significados negativos. O principal símbolo é o dragão que representa grandiosidade, vigor e coragem.
A APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, constantemente realiza estudos de mercado referente a países para promover as exportações brasileiras (acesse aqui). E novo estudo sobre a China, atualizado em fevereiro/2023, mostra as oportunidades e desafios, análise completa do mercado, entre outros dados para auxiliar no entendimento deste país.
Mas, como construir um relacionamento saudável com eles, visto uma cultura tão diferente?
Na China, os negócios são baseados em relacionamentos pessoais e de confiança. Invista tempo em construir uma relação sólida com seus contatos chineses. Isso pode envolver visitas pessoais, participação em eventos comerciais ou até mesmo contratação de um agente ou intermediário local.
As negociações na China podem levar tempo. É comum que haja muitas reuniões e discussões antes que um acordo seja alcançado. Seja paciente e esteja disposto a investir tempo e esforço no processo.
A barreira do idioma pode ser um desafio nas negociações com a China. Certifique-se de ter intérpretes ou tradutores qualificados disponíveis, se necessário. Além disso, procure ser claro e direto em suas comunicações escritas e verbais, evitando ambiguidades e mal-entendidos.
Familiarize-se com as leis e regulamentações comerciais relevantes na China, tanto em nível nacional quanto local. Isso ajudará você a evitar problemas legais e a entender os requisitos necessários para importação, exportação e estabelecimento de parcerias comerciais.
Os negociadores chineses geralmente esperam que os compradores regateiam o preço. Esteja preparado para negociar e tenha uma estratégia clara em mente. Além do preço, outros termos comerciais, como quantidade mínima de pedido, prazos de entrega e condições de pagamento, também são negociáveis.
A proteção da propriedade intelectual pode ser um desafio na China. Registre e proteja seus direitos autorais, marcas registradas e patentes antes de iniciar as negociações. Esteja vigilante quanto à possibilidade de falsificação e violação de direitos autorais.
A China é um país vasto, e diferentes regiões podem ter suas próprias peculiaridades culturais e de negócios. Considere essas diferenças ao estabelecer parcerias ou expandir seus negócios para diferentes regiões do país.
É importante lembrar que essas dicas são apenas orientações gerais, e cada negociação é única. Ao negociar com a China, esteja aberto a adaptar sua estratégia com base nas circunstâncias específicas e nas necessidades de seus parceiros comerciais.
Negociar com a China no contexto de exportação requer uma abordagem estratégica e compreensão das dinâmicas comerciais do mercado chinês. Em 2022, 27% das exportações brasileiras vão para a China, Estados Unidos em segundo lugar com a fatia de 11%.
Parceiros comerciais exportações brasileiras – 2022
Fonte: Comexstat
Os produtos mais exportados para a China são: Soja, com uma grande fatia de 36%, minério de ferro e seus concentrados (20%), seguido de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus (18% das exportações brasileiras).
Visão Geral dos Produtos Exportados – Destino: China – 2022
Fonte: Comexstat
Negociar com a China no contexto de importação requer uma abordagem estratégica e conhecimento das práticas comerciais chinesas. As importações brasileiras devem ser estudadas com cuidado antes no ato da negociação, para evitar transtornos na chegada ao Brasil.
Contudo, essa tão importante relação tem uma significativa fatia nas importações em 2022, sendo que 22% das importações brasileiras são oriundas da China. O segundo lugar é dos Estados Unidos, com a fatia de 19%, também bastante significativa.
Parceiros comerciais importações brasileiras – 2022
Fonte: Comexstat
Os produtos mais importados da China são: Válvulas e tubos termiônicos, com uma fatia de 11%, compostos organo-inorgânicos, heterocíclicos, ácidos e seus sais, sulfonamidas (8,2%), seguido de equipamentos de telecomunicações (6,8% das importações brasileiras).
Visão Geral dos Produtos Importados – Origem: China – 2022
Fonte: Comexstat
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