O Brasil ocupa atualmente a 8ª posição no ranking mundial de produção de veículos, um posto que havia sido perdido em 2023, mas reconquistado em 2024.
O setor automotivo é uma das forças econômicas do país. Além de gerar mais de um milhão de empregos, movimentar uma longa cadeia produtiva especializada também contribui, de forma bastante positiva, no comércio exterior: os veículos automotivos ocupam o 11º lugar entre os produtos mais exportados pelo Brasil.
Neste artigo, reunimos dados e informações recentes sobre as exportações de veículos e autopeças, para oferecer um panorama atualizado do desempenho do setor automotivo. Boa leitura!
O setor automotivo é um dos pilares da indústria nacional, representando entre 15% e 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país.
Os principais polos automotivos do Brasil estão localizados na região do ABC Paulista, o maior polo de toda a América Latina, São José dos Campos (SP), Curitiba (PR), Resende (RJ) e Betim (MG). O setor, no país todo, gera mais de 1 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos.
Nos últimos quatro anos, a cadeia automotiva brasileira tem experimentado uma expansão positiva, movimentando R$60 bilhões, um crescimento superior a 50% no período. A exportação também acompanhou esse avanço. Entre 2020 e 2024, as exportações em valor, considerando somente veículos automotivos, cresceram 58%.
No primeiro semestre de 2025, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram produzidos 1,226 milhão de veículos, um aumento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Conforme dados do portal AutoData, as exportações brasileiras de veículos no primeiro semestre de 2025 totalizaram 264,1 mil unidades embarcadas. Este volume representa um aumento de 59,8% em comparação com os 165,3 mil veículos embarcados no mesmo período de 2024.
Em relação ao valor total das exportações, o montante foi de US$6,8 bilhões, um aumento de 43,1% frente aos US$4,7 bilhões no ano anterior. Somente em junho, o setor registrou US$1,2 bilhão, valor 48,5% acima de junho de 2024.
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O crescimento das exportações de veículos no primeiro semestre foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho da Argentina, maior compradora dos veículos brasileiros.
O país vizinho adquiriu 157,3 mil veículos fabricados no Brasil, correspondendo a 59,6% do volume total exportado. Esse número representa um salto de 183,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando a participação argentina foi de 33,6%.
O crescimento é explicado pela expansão do mercado automotivo local do país vizinho, que cresceu 77,8% nos primeiros seis meses. A expectativa é de que esse crescimento continue ao longo do ano.
Outros principais países importadores foram:
México: foi o segundo maior comprador, com quase 37 mil veículos, mas registrou uma redução de 18,4% na comparação ano a ano;
Colômbia: importou 19,9 mil unidades, um aumento de 38%;
Chile: elevou suas importações em 34,7%, somando 12,7 mil veículos;
Uruguai: com 16,6 mil unidades, apresentou um recuo de 0,9%.
Já na indústria de autopeças, as exportações também apresentam resultados positivos, mas de forma moderada, atingindo US$ 3,3 bilhões no acumulado de janeiro a maio, avanço de 4,6% sobre igual período de 2024, conforme relatório da balança comercial divulgado pelo Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
Assim como nas vendas de veículos, a Argentina figura como principal mercado, respondendo por 39% do total das exportações do setor.
Os demais principais mercados compradores:
Estados Unidos: 15,9%
México: 8,5%
Alemanha: 5,5%
Chile: 2,8%
Mais de 260 mil veículos, com destino ao exterior, foram embarcados nos portos, aeroportos e atravessaram as fronteiras do Brasil no primeiro semestre do ano.
Fazer essa logística acontecer envolve certa complexidade, já que veículos não são uma carga convencional.
O modal marítimo é a principal via pela qual é escoada grande parte das exportações de veículos. Embora os veículos possam ser transportados em containers, uma modalidade bastante utilizada são os navios Roll-on/Roll-off (Ro-Ro). Essas embarcações são especificamente projetadas para o transporte de cargas com rodas, permitindo que os veículos entrem e saiam com facilidade, otimizando as operações de embarque e desembarque.
As embarcações Ro-Ro também são muito vantajosas em relação à capacidade de acomodar veículos, hoje o maior navio deste tipo é capaz de transportar 9.200 veículos em uma única viagem.
Mas essa não é a única opção: veículos também podem ser transportados em aeronaves cargueiras. Essa é uma alternativa usada principalmente para veículos de alto valor, inclusive para compras pessoais ou de colecionadores. Nesses casos, é necessário um planejamento mais cuidadoso, já que se trata de uma carga oversize.
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O artigo trouxe informações recentes sobre o desempenho do setor automotivo, com foco nas exportações.
O crescimento registrado no primeiro semestre é expressivo, impulsionado, principalmente, pela retomada das compras da Argentina, o principal parceiro comercial tanto em veículos quanto em autopeças.
Seja no envio de peças ou de veículos completos, cada tipo de embarque exige soluções logísticas específicas. Nesse sentido, ter ao lado parceiros logísticos experientes é sem dúvidas um diferencial para o sucesso da exportação.
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