A pecuária brasileira começou no século XVI, quando foi estabelecida no interior do Estado. Essa localização longe do litoral foi estratégica para evitar interferências com a produção de cana-de-açúcar no Nordeste do país.
Com o tempo, esse segmento expandiu, e o setor produtivo da carne bovina atualmente, além de abastecer o mercado nacional, alcança mais de 150 mercados ao redor do mundo.
Neste artigo, vamos explorar o papel da carne bovina na economia brasileira, o panorama das exportações, as perspectivas para o setor e como funciona a logística internacional deste produto. Boa leitura!
A produção de carne bovina tornou-se um dos importantes pilares da economia brasileira. Em 2023, o sistema agroindustrial da carne bovina – que engloba toda a cadeia produtiva, como maquinários, insumos, até chegar à sua comercialização – movimentou R$895 bilhões. O valor é correspondente a 8,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Conforme informação da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), o Brasil exporta cerca de 25% da carne bovina produzida no país; consequentemente, essa commodity posiciona-se como um dos principais produtos exportados.
De janeiro a setembro deste ano, as exportações de carne bovina já somam 2,1 milhões de toneladas, com um faturamento de US$9,16 bilhões. Em comparação com o mesmo período de 2023, os embarques aumentaram 28,3% e o faturamento cresceu 20%.
Os principais destinos da carne bovina brasileira no período foram:
China: 44,92%
Estados Unidos: 9,47%
Emirados Árabes Unidos: 5,98%
Chile: 3,96%
Hong Kong: 3,33%
Fonte: ABIEC
Com base no relatório Beef Report da ABIEC, a seguir apresentamos alguns tópicos que contextualizam o cenário do Brasil e de outros países no mercado global de carne bovina:
O país possui cerca de 12% do rebanho bovino global, razão pela qual constitui o maior rebanho comercial do mundo;
Em 2023, o Brasil foi responsável pela produção de 13,8% de toda a carne bovina do mundo;
Em relação à produção de carnes, apenas os Estados Unidos estão na frente, que, apesar de terem um rebanho 55% menor, produziu 15,7% mais carne em 2023. Essa diferença está relacionada ao tipo de produção adotada, à raça do rebanho e ao uso de tecnologias que não são utilizadas ou permitidas no Brasil;
A respeito das exportações, o Brasil ocupa a primeira colocação, sendo responsável pela exportação de 18,7% de toda a carne comercializada no mundo, seguido pela Austrália, Estados Unidos e Argentina.
Ao longo dos próximos 10 anos, é estimado um crescimento de 1,4% ao ano no rebanho brasileiro. No mesmo período, a estimativa na produção de carnes é de 3,4% de crescimento, por conta do ganho de eficiência relacionado ao uso de tecnologias e no peso médio da carcaça.
Nas exportações brasileiras dessa commodity, é esperado um aumento de 2,4% ao ano nos próximos 10 anos.
No mercado global, de acordo com um estudo publicado pela Custom Market Insights, o segmento deve movimentar US$450,5 bilhões já em 2024. Até 2033, esperam-se cerca de US$645,6 bilhões, com uma taxa de crescimento anual de 4,5%.
Para que a carne exportada chegue ao país de destino em perfeito estado, a logística internacional tem um papel crucial. Como vimos nos parágrafos acima, a maioria dos principais compradores de carne bovina brasileira (com exceção do Chile) estão a distâncias continentais.
Para o transporte de grandes volumes de cargas sob controle de temperatura e longas distâncias, o transporte marítimo é o preferido, sendo que a utilização de contêineres Reefer é a solução ideal. Este equipamento permite o controle da temperatura variando entre -30°C e +30°C, fato que possibilita o transporte tanto de carnes congeladas quanto refrigeradas.
Assim, a via marítima é a mais utilizada nas exportações de carne bovina, representando cerca de 95% dos embarques, seguido pelo modal rodoviário, com 4,8%, e pelo modal aéreo, com 0,2%.
Para mercados próximos, como o Chile, podem ser utilizados veículos com câmaras frias, que funcionam de forma semelhante aos contêineres Reefers.
Já durante o transporte aéreo, embora pouco aproveitado nesse segmento, a carne deve ser colocada em embalagens que auxiliem na manutenção da temperatura, podendo ser utilizado gelo seco ou algum material para resfriamento, ou até envirotainers.
O transporte de carnes, ou de qualquer produto que necessite de controle de temperatura, exige uma abordagem especial. Desde o momento da cotação, percorrendo a operacionalização do embarque, e inclusive o acompanhamento de todas as etapas até sua chegada no destino final. A falta de procedimentos adequados ou erros pode levar à perda total da carga.
Para que suas exportações sejam bem sucedidas, conte com quem entende de logística.
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