Você com certeza já ouviu falar sobre esse assunto, mas afinal o que é Carga Perigosa e no que isso influencia em seu transporte?
Este é um tema que gera muitas dúvidas para o importador ou exportador, principalmente para aquele que está começando a trabalhar com esse tipo de produto.
E por esse motivo vamos explicar o que é Carga Perigosa, suas Classes ONU e como tudo funciona.
O transporte internacional de mercadorias trabalha com uma infinidade de produtos, cada um com suas necessidades individuais de transporte que devem ser observadas.
Mas existe uma gama de produtos em especial que necessitam de uma atenção ainda maior. São os produtos considerados Carga Perigosa.
Estão inseridos nesta categoria toda e qualquer carga que apresente risco às pessoas, ao meio ambiente ou aos próprios veículos que as transportam.
Ou seja, produtos explosivos, corrosivos ou tóxicos precisam seguir todas as normas existentes para que possam ser transportados de forma correta e segura.
Agora que você já sabe o que é Carga Perigosa, é importante saber também que cargas desse tipo não são todas iguais.
Cada tipo de produto tem suas características e necessidades específicas de transporte e armazenagem.
Por esse motivo a Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu estes produtos em nove Classes, conforme suas características e cuidados especiais necessários.
Estas Classes definem o que é Carga Perigosa de acordo com seu estado físico, forma de acondicionamento e modais de transporte que não podem ser utilizados.
Abaixo compartilhamos um resumo a que se refere cada uma destas Classes com exemplos de produtos que se encaixam nas definições.
1.1 com risco de explosão;
1.2 com risco de projeção;
1.3 com risco de incêndio;
1.4 sem risco considerável;
1.5 pouco sensíveis e com risco de explosão;
1.6 insensíveis e sem risco de explosão.
Nesta Classe 1, portanto, se encaixam os produtos que por suas características físicas são suscetíveis à explosão, por exemplo a pólvora.
2.1 gases inflamáveis;
2.2 gases não-inflamáveis, não tóxicos;
2.3 gases tóxicos;
Já a Classe 2 trata dos tipos de Carga Perigosa em estado gasoso que podem, ou não, ser explosivos, que por sua constituição física necessitam de acondicionamento adequado, assim como devem ser mantidos longe de determinados produtos. Temos como exemplo o cianeto de hidrogênio.
Aqui encontramos todo tipo de líquido que, por sua constituição, em contato com outras substâncias podem gerar incêndios ou explosões. Por exemplo: gasolina e outros solventes.
4.1 sólidos inflamáveis;
4.2 sujeitas à combustão espontânea;
4.3 que, em contato com água, emitem gases inflamáveis.
A Classe 4 trata de produtos como algodão não processado ou carvão. Ou seja, produtos que se não forem acondicionados de forma correta podem gerar incêndios ou explosões no decorrer do transporte.
5.1 oxidantes: são substâncias que podem, em geral pela liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso.
5.2 peróxidos orgânicos.
Nesta Classe encontram-se produtos que, além de seu potencial explosivo, ainda podem trazer malefícios à saúde humana e animal. Um exemplo que podemos citar é o nitrato de potássio.
6.1 Substâncias tóxicas;
6.2 Substâncias infectantes.
Aqui temos toda a gama de produtos tóxicos e perigosos à saúde, como produtos infectantes de origem hospitalar.
Este tipo de produto é talvez o mais autoexplicativo de todos. Não há dúvida que uma carga é perigosa quando se fala em material radioativo.
Qualquer produto que se enquadre nesta categoria é de extremo risco, tanto aos seres humanos quanto ao meio ambiente.
Urânio, césio e cobalto são três das mais conhecidas substâncias da categoria.
Aqui geralmente podemos mencionar os ácidos, que por suas características físicas, se não forem acondicionados corretamente, podem corroer diversos tipos de material.
Qualquer outro produto que não se enquadre nas descrições acima, mas que possua características perigosas deve seguir esta classificação.
Aqui podemos citar como exemplo óleos combustíveis ou baterias de lítio.
Se uma importação ou exportação comum já demanda conhecer o produto, quando se trata de transportar cargas classificadas como perigosas isso é ainda mais necessário.
É fácil saber que a gasolina precisa ser classificada como perigosa e seguir as regulamentações exigidas, contudo, quando se trata de um tipo de produto que a identificação não é tão óbvia que os problemas podem ocorrer.
Portanto, ao transportar esse tipo de produto, saber o que é Carga Perigosa e qual a sua composição física e química faz a diferença entre um transporte realizado de forma correta e um potencial desastre em andamento.
Outro fator importante é saber com qual transportador contar, pois com cargas tão delicadas e suscetíveis a risco como essas, ter um prestador de serviço que já está habituado a fazer esse tipo de transporte pode ser muito útil.
Além disso a correta identificação do que é Carga Perigosa e se o produto a ser transportado se enquadra ou não nessa categoria resulta em uma informação precisa ao transportador, que pode conferir se a embalagem e as etiquetas estão de acordo com a legislação.
E o mais importante, ele pode transportar o produto da forma correta e segura, evitando acidentes.
Dependendo do tipo de material ou do modal de transporte a ser utilizado, outros documentos além dos usuais (Commercial Invoice, Packing List, AWB ou B/L) são necessários, a saber:
Vale ainda ressaltar que dependendo do produto há restrições com relação ao embarque.
Por exemplo, cargas com baterias, especialmente as chamadas “pura” (no caso desta não acompanhar o produto), são consideradas Cargas Perigosas e possuem diversas restrições. Uma delas é que o embarque desse material não pode ocorrer por via aérea.
Outro ponto importante é que o tipo de produto vai determinar qual o tipo de container deve ser utilizado. Sendo assim, produtos químicos ou altamente corrosivos somente podem ser transportados em containers do tipo tanque.
O valor cobrado é proporcional ao nível de risco a ser assumido por um transportador ou armazém de carga no que tange uma Carga Perigosa.
Isso quer dizer que, quanto maior for o risco de acidentes, que podem resultar em explosões, incêndios ou que afetem a vida humana ou ambiental, maior será o valor cobrado por esses prestadores de serviço.
Então, conhecer sua carga, nesse caso, é questão de segurança a todos, além de poder aferir corretamente os valores envolvidos, sem surpresas.
Afinal, se você como importador ou exportador desconhece o que é Carga Perigosa e não conhece a fundo o seu produto, pode ter surpresas desagradáveis pelo caminho, tal como não conseguir embarcar a carga como pretendido e ter que pagar um valor não previsto para que o embarque ocorra.
Aqui também vale uma ressalva, tanto no que se refere ao quesito segurança quanto ao custo, pois embarques consolidados não são uma boa opção nesses casos.
Muitos portos e terminais alfandegados cobram uma taxa excedente, que geralmente é cobrada sobre o valor de toda a carga transportada no container.
Dessa forma, se sua Carga Perigosa estiver em um container consolidado com uma outra carga de alto valor agregado, seu custo será muito maior que o planejado.
Como vimos, o transporte de carga tem suas peculiaridades conforme o produto. Nestes tempos em que conhecimento é poder, conhecer seu produto a fundo é uma regra de ouro, principalmente quando se trata de transporte de Carga Perigosa.
Além disso, ter um prestador de serviço acostumado a transportar cargas que tenham necessidades especiais facilita e muito a vida do exportador ou do importador.
E você pode contar com a AGL nesse tipo de projeto: uma empresa com experiência no transporte de Cargas Perigosas.
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