A logística no ramo farmacêutico é um processo complexo e crítico que envolve vários aspectos, desde a produção até a entrega final dos medicamentos ao consumidor. É uma área de alta complexidade para garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos, já que eles são essenciais para a saúde humana. Para começo de conversa, é importante destacar as particularidades da logística farmacêutica, como a necessidade de cumprir regulamentos e normas sanitárias. Isso envolve desde a produção até o transporte e armazenagem dos medicamentos, que devem ser acompanhados de perto para garantir que os medicamentos sejam seguros para o consumo.
Na logística farmacêutica, existem basicamente dois tipos de produtos a serem transportados: os altamente sensíveis, cuja qualidade pode ser comprometida por variações mínimas nas condições de transporte, como temperatura, umidade, luz e choque, e os que são menos vulneráveis a essas variações, mas ainda requerem monitoramento ou controle para garantir a sua qualidade. Esses medicamentos sensíveis incluem vacinas, medicamentos biológicos e medicamentos que contenham princípios ativos sensíveis à luz e umidade. Por exemplo, a vacina da COVID-19 é altamente sensível à temperatura e deve ser transportada em uma cadeia de frio para garantir sua eficácia. Outro exemplo é o medicamento biológico como a insulina, que é altamente sensível à umidade e deve ser transportada em embalagens secas. Por outro lado, os medicamentos que são menos vulneráveis às variações de temperatura e umidade, mas ainda requerem monitoramento ou controle, incluem os medicamentos genéricos, que precisam ser transportados e armazenados em condições apropriadas para garantir sua qualidade e eficácia. Além disso, essas normas internacionais também incluem requisitos para a documentação e registros de transporte, como a manutenção de registros de temperatura e umidade durante o transporte, assim como a verificação da validade dos medicamentos antes da entrega ao consumidor final. Isso garante que os medicamentos sejam transportados e armazenados de acordo com as boas práticas estabelecidas e que a qualidade dos medicamentos seja mantida durante todo o processo de transporte. A implementação dessas normas internacionais é essencial para garantir a segurança e a eficácia dos medicamentos e evitar problemas de saúde pública.
Além disso, os medicamentos devem ser transportados em embalagens adequadas, como caixas térmicas, para garantir que a cadeia de frio seja mantida durante todo o transporte. Essas embalagens térmicas são projetadas para manter a temperatura interna dentro dos limites aceitáveis, mesmo em condições climáticas desfavoráveis. Além disso, é importante monitorar continuamente a temperatura durante o transporte e armazenamento para garantir que os medicamentos sejam mantidos dentro dos limites aceitáveis.
Outra medida de segurança, que permite com que os medicamentos cheguem ao consumidor final de forma segura é a rastreabilidade dessa cadeia logística. Trata-se de medida muito importante na logística farmacêutica, pois permite às partes envolvidas saber os detalhes da origem, transporte e entrega de cada lote de medicamento, garantindo assim que o medicamento entregue ao consumidor seja o mesmo que foi produzido e embalado no início da cadeia produtiva. Isso garante a integridade e segurança dos medicamentos e evita a introdução de medicamentos falsificados no mercado. A rastreabilidade pode ser alcançada utilizando-se diversas tecnologias, como códigos de barras, RFID, (uma tecnologia de identificação por radiofrequência que permite a rastreamento e identificação de objetos através de etiquetas eletrônicas sem contato), códigos QR e sistemas de rastreabilidade eletrônica, que permitem acompanhar os medicamentos ao longo de toda a cadeia de suprimentos, desde a produção até a entrega ao consumidor final. Além disso, a rastreabilidade é importante para garantir que os medicamentos sejam produzidos em condições sanitárias.
No Brasil, a logística farmacêutica é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e outras autoridades reguladoras, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos. Essas medidas incluem a rastreabilidade dos medicamentos, o transporte em condições adequadas, a manutenção da cadeia de frio e a embalagem adequada.
Além disso, as empresas farmacêuticas também devem seguir as normas internacionais de boas práticas de fabricação (GMP – “Good Manufacturing Practice” ou “Boas Práticas de Fabricação”, em tradução livre, e GDP – “Good Distribution Practice”, ou “Boas Práticas de Distribuição”), são desenvolvidas e mantidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional para Padronização (ISO). A OMS desenvolve as normas GMP para garantir que os medicamentos sejam produzidos e controlados de forma consistente e de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos. Já as normas GDP são desenvolvidas pela ISO para garantir que os medicamentos sejam transportados de forma segura e adequada, evitando a perda de qualidade e evitando a introdução de medicamentos falsificados no mercado. Essas normas são revisadas periodicamente para se adequarem às evoluções tecnológicas e práticas regulatórias.
Recentemente passamos por uma situação jamais enfrentada pela humanidade: A pandemia de COVID-19 foi sem dúvida um desafio sem precedentes para a logística farmacêutica, mostrando a importância crucial deste setor e fazendo com que muitas pessoas se tornassem conscientes da sua existência pela primeira vez. A pandemia ainda tem impactos significativos na logística farmacêutica, como a necessidade de garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos no transporte de medicamentos e a necessidade de se adaptar ao aumento da demanda por medicamentos e equipamentos de proteção.
A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a vulnerabilidade do Brasil em relação à dependência de matérias-primas e medicamentos importados, especialmente no setor farmacêutico, onde 90% da matéria-prima é importada. Isso tem um impacto significativo na operação da logística desse ramo, já que praticamente tudo o que o Brasil consome depende de importação em alguma etapa da cadeia. No entanto, é importante notar que essa dependência de importações também tem seus benefícios, como preços mais competitivos para os medicamentos.
A pandemia nos ensinou a importância de se preparar melhor para futuros desafios, para que possamos responder de maneira mais rápida e eficiente. Vimos que somos muito mais dependentes de outros países do que imaginávamos. Mas como fazer isso? Como se tornar menos dependente do exterior? Para diminuir a dependência do Brasil em relação à importação de matérias-primas e medicamentos, é necessária uma abordagem estratégica que envolva investimentos em programas de desenvolvimento tecnológico. Isso permitirá aumentar a capacidade de produção local, tornando a indústria farmacêutica nacional mais competitiva e menos dependente de importações. Além disso, o governo pode implementar políticas de incentivo para a indústria farmacêutica, como isenções fiscais, linhas de crédito e programas de capacitação, para estimular o crescimento e desenvolvimento da indústria.
Outra estratégia importante é buscar parcerias com outros países para aumentar a capacidade de produção de matérias-primas. Isso pode incluir acordos comerciais, projetos de cooperação técnica e investimentos estrangeiros diretos. Além disso, é importante fortalecer os mecanismos de rastreabilidade dos medicamentos, garantindo que os medicamentos importados sejam seguros e adequados, e aumentar a fiscalização para garantir que as normas sanitárias e de qualidade sejam cumpridas.
Por fim, é importante destacar que essas medidas devem ser implementadas de forma integrada e consistente, para que possam ser alcançados resultados significativos e duradouros. As políticas e programas devem ser revisados e ajustados regularmente para acompanhar as mudanças e tendências do mercado e para garantir a competitividade e a sustentabilidade da indústria farmacêutica no Brasil.
A logística do setor farmacêutico é um processo mais complexo quando comparado à cadeia de suprimentos de outros setores, pois envolve vários aspectos, desde a produção até a entrega final dos medicamentos ao consumidor. É uma área crítica para garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos, já que eles são essenciais para a saúde humana.
Essas normas são desenvolvidas e implementadas pelas autoridades reguladoras no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e no mundo, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional para Padronização (ISO). É necessário que as empresas farmacêuticas e todos os participantes da cadeia logística de medicamentos sigam as normas e boas práticas de fabricação e transporte de medicamentos para garantir a segurança, sanidade e qualidade dos medicamentos.
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