A indústria química movimenta trilhões de dólares anualmente no comércio global e é a base para diversas outras indústrias. O Brasil depende da importação de insumos químicos para o uso em diversos setores, da agricultura à produção de medicamentos.
No entanto, a importação de produtos químicos requer entendimento das regulamentações e cuidados específicos, tanto na logística quanto no cumprimento das exigências dos órgãos intervenientes no comércio exterior.
Neste artigo, vamos explorar os principais países exportadores deste segmento, os produtos químicos mais importados pelo Brasil e os principais pontos de atenção na hora de importar.
Em 2023, os principais países exportadores de produtos químicos e sua participação no mercado global foram:
Estados Unidos: representaram 10,44% das exportações globais
China: 9,88%
Alemanha: 9,85%
Irlanda: 6,55%
Suíça: 5.42%
O comércio total de produtos químicos no mundo em 2023 foi de US$2,29 trilhões. Juntos, esses cinco países foram responsáveis por aproximadamente 42% das exportações mundiais do setor.
Em 2024, o Brasil importou US$63,9 bilhões em produtos químicos. Este valor ultrapassou os dados dos últimos dez anos de acompanhamento da balança comercial pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), com exceção do recorde de US$80,3 bilhões registrado em 2022.
O volume importado teve um aumento de 11,5% em comparação com 2023, totalizando 65,3 milhões de toneladas. Desse montante, 41,1 milhões de toneladas foram exclusivamente de intermediários de fertilizantes, um grupo de produtos químicos que registrou um aumento de volume de 7,4% em relação a 2023. O volume de importação de 2024 representa o maior volume importado em toda a série histórica, que teve início em 1989.
Com base nas informações disponibilizadas no portal Comex Stat, separamos as principais NCMs importadas em diferentes classificações de produtos químicos. As informações são referentes ao ano de 2024.
Outros cloretos de potássio (NCM 31042090): US$3,60 bilhões, este é o produto químico mais importado no Brasil;
Ureia (NCM 31021010): US$2,68 bilhões;
Diidrogeno-ortofosfato de amônio (NCM 31054000): US$2,37 bilhões.
Soda cáustica (NCM 28151200): US$496,93 milhões;
Amoníaco anidro (NCM 28141000): US$189,95 milhões;
Outros negros de carbono (NCM 28030019): US$121,56 milhões.
Outras enzimas preparadas (NCM 35079049): US$204,44 milhões;
Outras cetonas cíclicas, etc., não contendo outras funções oxigenadas (NCM 29142990): US$46,30 milhões;
Outras enzimas e seus concentrados (NCM 35079039): US$25,91 milhões.
Outros compostos inorgânicos/orgânicos, amálgamas, de metais preciosos (NCM 28439090): US$16,37 milhões;
Hidretos, azidas, boretos e outros nitretos e silicietos (NCM 28500090): US$4,85 milhões.
Cianamida e seus derivados metálicos (NCM 28539020): US$4,67 milhões.
No âmbito regulatório, os principais órgãos anuentes na importação de produtos químicos — como Anvisa, Mapa, Ibama e o Exército Brasileiro — costumam exigir autorizações e/ou licenças (LPCO) para determinados itens.
Dessa forma, antes de importar, tenha a certeza de consultar e seguir todo o tratamento administrativo referente à NCM do produto.
O transporte de produtos químicos também é um ponto de atenção, seja internacional ou nacional. O armazenamento e o manuseio devem seguir as práticas de segurança específicas conforme o tipo de produto, a fim de evitar acidentes ou reações indesejadas com outras substâncias.
Um documento que sempre deve acompanhar os produtos químicos é a Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), ou o MSDS (Material Safety Data Sheet) no âmbito internacional. Este documento contém informações detalhadas sobre o produto e como agir em caso de imprevistos e acidentes.
Como muitos produtos químicos são perigosos, como materiais inflamáveis, tóxicos ou corrosivos, é fundamental seguir as regulamentações e as melhores práticas para evitar riscos.
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