Hoje falaremos sobre os principais pontos em termos de commodities e sobre a importância de sua logística atualmente.
O sustento e desenvolvimento da sociedade atual dependem do fornecimento de commodities.
Globalmente esses produtos são negociados em grandes montantes e em quase todos os mercados. De fato, a verdade é que commodities são responsáveis por fomentar e manter, ininterruptamente, o mundo funcionando.
Mas o que são commodities, por que são importantes e como, de forma geral, é a logística nesse âmbito? É o que vamos descobrir neste artigo, acompanhe!
Em síntese, commodities são materiais transacionados em grandes volumes sem perda da sua qualidade original, com baixo valor agregado e de preço unitário, em situações de estabilidade global, independentemente de seu tipo ou em qual região foram produzidos.
Normalmente, materiais de origem mineral ou oriundos de fonte agrícola são mencionados como commodities. No entanto, também podem ser considerados commodities algumas moedas como dólar e euro – commodities financeiras –, entre outros insumos como madeira, água e energia – commodities ambientais.
Há ainda uma classificação que diferencia as hard commodities – materiais que precisam ter alguma manipulação para consumo como extração mineral ou mineração bruta – e soft commodities – produtos prontos para consumo como açúcar/melaço, café, soja etc.
Veremos o quão importante são as commodities para a manutenção atual dos mercados.
No Brasil, o minério de ferro, a soja, o petróleo, o açúcar/melaço são exemplos de commodities de vital importância tanto para o processo produtivo como para economia do país.
O mercado brasileiro é bastante sensível à oferta e demanda desses materiais, uma vez que, quando há alta de consumo e consequente aumento da procura no mercado internacional, o consumidor final nacional sente rapidamente os impactos de tal movimento na disponibilidade e preços dos produtos acabados originários dessas commodities.
Curiosamente quando pensamos em commodities geralmente nos vem à mente produtos em estado bruto ou semibruto transacionados em grandes quantidades e com valor unitário baixo. De certa forma commodities estão alinhadas a isso, contudo, um exemplo de exceção diz respeito a um mineral da classe dos óxidos denominado pirocloro, que é um “ponto fora da curva”.
Esse material é a principal matéria-prima para a produção de nióbio, que, por sua vez, é um mineral que oferece, principalmente ao aço, significativa resistência, maleabilidade e condução. Seu custo unitário, comparado ao minério de ferro – uma das principais commodities nacionais –, pode chegar a ser cerca de 400 vezes superior.
O Brasil detém uma das maiores reservas desse mineral e influencia cerca de 80% desse mercado a nível global. Aqui temos uma visão, não tão comum, do quanto uma commodity é relevante.
Com commodities e Brasil na mesma frase, não podemos deixar de falar da força do agronegócio brasileiro se quisermos mostrar o quão importante uma commodity pode ser. Por exemplo a soja brasileira, que é responsável por grande parte do consumo global, e o açúcar/melaço oriundos da cana-de-açúcar – cujo início de seu desenvolvimento remonta, estima-se, à época do Brasil Colônia do século XVII: duas das principais commodities brasileiras negociadas no mercado internacional.
Entendendo a importância das commodities brasileiras para o mercado global, devemos prestar a devida atenção na logística doméstica e suas integrações, principalmente sobre quais são os desafios a serem enfrentados.
Um dos principais desafios, claramente, é o acesso, o end-to-end nacional de uma commodity. Ou seja, em um país de proporções continentais como o Brasil, rodovias, ferrovias, hidrovias e a multimodalidade deveriam ser muito bem estruturadas e utilizadas. Entretanto, sabemos que isso ainda está longe de ser realidade.
Cerca de 60% do escoamento nacional de cargas é feito de forma rodoviária por meio de uma malha pouquíssimo estruturada.
Na avalição da Confederação Nacional do Transporte de 2020, divulgada através do Anuário CNT do Transporte 2021, aproximadamente 61% das rodovias avaliadas apresentam algum tipo de avaria de pavimentação, de sinalização ou até de falhas geométricas. Além de trazer problemas logísticos operacionais, isso expõe os processos a atrasos desnecessários e custos extras.
Outra preocupação é a profissionalização do setor logístico nacional, que ainda é um tanto amador e, em momentos específicos, acaba por prejudicar a si mesmo canibalizando-se.
É preciso entender que ser profissional resulta em construir soluções sólidas e com cada vez menos chances de erros ou imprevistos. Assim como é relevante, para uma integração eficiente entre os diferentes modais (algo de extrema importância no cenário atual), que as diferentes empresas logísticas se respeitem e foquem especialmente na entrega do seu resultado.
Como mencionamos acima, integração na logística é sinônimo de eficiência e, consequentemente, de um bom resultado.
Contar com uma solução eficaz de integração logística trará resultados excelentes para os operadores logísticos e para os embarcadores. Dessa maneira, trabalhar com um agente capacitado a promover sólidas soluções integradas em grande escala certamente será o diferencial competitivo de um embarcador no escoamento de sua commodity.
Uma operação logística para uma commodity contempla todo o escopo de serviços de movimentação e armazenagem necessários desde o momento de extração ou colheita do material.
Por exemplo, nos casos de commodities minerais e agrárias, envolve transporte interno na jazida ou campo, armazenagem e segregação nos silos, movimentação em pontos de transbordo de carga, acondicionamento adequado de um modal para outro, transporte de longa distância, entrega no porto ou no navio e todo o processo de descarga no destino.
Em seguida veremos um exemplo de como pode ser essa logística.
Existem variantes e algumas características especificas na logística de commodities. Evidentemente, esses conjuntos de requerimentos podem ser diferentes entre os tipos de commodities, pois cada uma tem suas dinâmicas e particularidades. Vamos utilizar como exemplo o agronegócio:
No agronegócio, a sazonalidade é regida basicamente pelos períodos de safra e entressafra, o que causa picos durante os momentos de alta com demanda acentuada por frete e filas para descarga nos terminais, aumento de custos e redução da disponibilidade de soluções para movimentação logística.
E o contrário também se aplica nos momentos de baixa, a entressafra – quando há subaproveitamento dos recursos logísticos do setor.
Essa característica pode tornar ainda mais desafiador encontrar uma solução logística integrada eficaz, porque materiais perecíveis exigem condições especiais próprias para acondicionamento, armazenagem e transporte. Aqui o cumprimento de prazos é extremamente importante.
Como usualmente as commodities agrícolas não possuem grande valor agregado, o valor do serviço logístico é bastante expressivo na composição de custo. Por consequência, ter controle de informações e previsibilidade de custos é essencial para o sucesso do seu transporte.
A relação valor versus volume na negociação de commodities é baixa, ou seja, muito volume = baixo valor. Por isso a necessidade de transacionar grandes volumes de commodities que, consequentemente, demandam por soluções logísticas ainda mais sólidas.
Sobretudo minerais e produtos de origem agrícolas são foco de exportação, como falamos no início do texto. Isso ocorre por oferta e demanda e pela oportunidade de as empresas atingirem novos mercados e aumentarem seus lucros.
No entanto, também devemos considerar que, dada a proporção do volume desses materiais, um país dificilmente conseguiria consumir sozinho seu potencial volume de commodities.
Há vários agentes atuantes em uma solução logística para transporte de commodities, contudo, se elencarmos em grupos podemos apontar os quatro abaixo:
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