Desde o início do desenvolvimento econômico do país, a comercialização de matérias-primas e produtos básicos ocupa um papel central nas exportações. Hoje, o Brasil é um dos principais exportadores globais de commodities, líder em vários produtos.
As commodities formam um grupo de produtos essenciais para o funcionamento da sociedade, seja no abastecimento de alimentos ou como insumos industriais, e o Brasil possui um potencial natural para explorar e produzir esses bens básicos.
Neste conteúdo, vamos entender a importância econômica das exportações brasileiras de commodities, os principais produtos embarcados, os desafios logísticos e as perspectivas para o futuro do setor.
Commodities são bens primários, em estado bruto ou com algum grau de industrialização, produzidos em larga escala, padronizados e negociados nas bolsas de valores internacionais.
Alguns exemplos de commodities incluem produtos agrícolas (soja, milho, café, **açúcar **e carne), minerais (minério de ferro) e recursos energéticos (petróleo).
Mesmo produtos com certo nível de processamento, como carne e açúcar refinado, são considerados commodities, já que têm origem na atividade primária e são comercializados em larga escala.
A economia brasileira tem forte ligação com o setor de commodities. Historicamente, esses produtos representam a maior parcela das exportações do país, contribuindo para o superávit da balança comercial.
A dimensão continental do Brasil, combinada com a abundância de recursos naturais, como terras cultiváveis, petróleo e minérios, confere ao país um alto potencial na produção de itens primários. Isso reflete nos números da exportação.
No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras totalizaram US$165,86 bilhões. Grande parte desse montante é de commodities, especialmente as agrícolas, minério de ferro e petróleo.
O agronegócio brasileiro vem se consolidando como protagonista global, com destaque em produtos como soja, carne bovina, algodão e suco de laranja. Desde 2023, o Brasil superou os Estados Unidos como principal exportador mundial de alimentos.
Esse avanço é resultado de décadas de crescimento na produção agropecuária. No entanto, por serem cotadas em dólar e terem seus preços definidos nos mercados internacionais, as commodities estão sujeitas às oscilações de valor, o que impacta diretamente as receitas na exportação.
Com base nos dados da balança comercial do primeiro semestre de 2025, listamos abaixo as principais commodities exportadas pelo Brasil.
Soja: 15% das exportações totais
Óleo bruto de petróleo: 13%
Minério de ferro: 7,6%
Café: 4,3%
Carne bovina: 4%
Açúcar: 3,6%
Os principais destinos dessas exportações são China, União Europeia e Estados Unidos. Outras commodities de destaque incluem milho, algodão e farelo de soja.
Vale destacar que essa lista corresponde aos principais itens exportados pelo país, considerando a pauta geral de exportações, incluindo todos os tipos de produtos. Dessa forma, observa-se que os principais produtos exportados pelo Brasil são commodities.
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Segundo estudo do Insper Agro Global, o Brasil tende a expandir sua presença no mercado global de commodities agroindustriais e agropecuárias, impulsionado por safras recordes e pela crescente demanda de países emergentes, sobretudo do Oriente Médio e Sudeste Asiático.
No entanto, também há desafios, como a necessidade de agregar valor aos produtos e diversificar seus destinos de exportação, reduzindo a dependência de poucos parceiros.
As tensões geopolíticas entre os EUA e países como China e Canadá podem abrir mais espaço comercial para o Brasil. Além disso, o Acordo UE-Mercosul assinado no último ano representa uma oportunidade estratégica de acesso e ampliação de mercado.
Projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que o Brasil deve se tornar o maior exportador mundial de milho até 2034, além de ampliar sua presença em carnes bovinas e de frango.
As perspectivas futuras são positivas para o segmento de commodities brasileiro, em especial as agrícolas, porém também depende de fatores como a capacidade do país em manter a produtividade nas safras, a demanda global e a infraestrutura logística.
As commodities brasileiras são, majoritariamente, escoadas via transporte marítimo. Navios petroleiros são utilizados para o embarque de petróleo, graneleiros transportam soja, milho e outros grãos e lotes em menor volume seguem em containers.
Commodities, em geral, são produtos de baixo valor agregado, por isso, um custo elevado de frete pode inviabilizar a venda no mercado internacional. É essencial optar por um modal que seja economicamente viável e capaz de transportar grandes volumes, e essas são exatamente as principais características do transporte marítimo.
Um desafio logístico na exportação de commodities são os gargalos nos portos brasileiros, por conta da limitação da infraestrutura portuária, com os principais terminais do país operando no limite de sua capacidade.
Só em março deste ano, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil deixou de embarcar 638 mil sacas de café por conta de um esgotamento da infraestrutura portuária.
Esse cenário reforça a urgência de investimentos em modernização e ampliação portuária. Felizmente, este é um movimento que já está em curso e deve contribuir para reduzir perdas no setor.
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