O transporte marítimo é a principal forma de transporte utilizada no Comércio Exterior. Quem trabalha na área conhece toda a conversa dos contêineres, navios, portos, rolagens e tudo o mais que faz parte do jargão profissional.
Para quem ainda não sabe muito sobre o assunto, nunca é tarde para aprender! Por isso, voltamos com o segundo post da série “Termos que você precisa saber”, com diversos nomes e siglas que são importantes no nosso dia a dia.
Nada mais e nada menos do que cerca de 90% de todo o comércio internacional é deslocado via transporte marítimo! A informação é da International Chamber of Shipping, órgão que representa as principais companhias marítimas do mundo.
De acordo com a entidade, se não fosse o modal marítimo “a importação e a exportação de alimentos e bens de consumo com preços acessíveis não seria possível. Metade do planeta iria passar fome e a outra metade passaria frio!”
Quando se trata de fazer seu produto percorrer grandes distâncias ao redor do mundo até chegar a outro país, o transporte marítimo é a forma menos custosa de operar, já que seus fretes normalmente são muito mais em conta do que o modal aéreo.
Ao redor do planeta as cadeias de suprimentos já estão plenamente adaptadas ao modal marítimo e sua forma de proceder. Talvez a calça ou o tênis que você esteja vestindo agora tenham vindo da Ásia de navio – e só por aí você já consegue ter uma ideia de como esse tipo de transporte é parte de sua vida sem você nem desconfiar.
Agora que você já sabe que o transporte marítimo é fundamental para o Comércio Exterior, em seguida irá descobrir alguns termos importantes para quem trabalha na área e seus significados.
Esse termo parece significar um monte de coisas diferentes, mas a definição é uma só: o choque entre dois navios. Pense assim: se uma “trombada” entre duas pequenas canoas já pode ser desastrosa para seus ocupantes, imagine o tamanho do problema quando um enorme navio porta-contêineres se choca com qualquer outra embarcação.
Esse termo consta no direito marítimo e o choque pode ser enquadrado como culposo, fortuito ou duvidoso.
Um pequeno pesadelo que acontece frequentemente para quem é do Comex. Dizemos que seu embarque ou seu contêiner “rolou” quando estava previsto para embarcar em um navio específico, mas que, por algum motivo, foi adiado para o próximo navio disponível.
Contudo, o próximo navio pode demorar dias ou até semanas para passar. Nesse caso, o atraso traz diversos custos indesejados à toda operação.
O jargão vem do termo em inglês roll over. Pode acontecer por decisão do armador, de seus agentes ou de outras partes envolvidas no processo, e em geral se dá em razão de overbooking, falta de tempo hábil para operacionalizar, chegada do contêiner no porto após o deadline ou infinitos diversos outros motivos.
Em resumo, a expressão possui apenas sentido figurado. Ainda não temos notícia de algum contêiner que tenha, literalmente, rolado por aí.
É o bom e velho granel. São as cargas que não são unitizadas (embaladas ou agrupadas) de nenhuma forma e que são simplesmente despejadas direto no porão do navio.
A título de exemplo, temos produtos como soja, milho, farelos, minério de ferro e outros itens semelhantes. Por isso que os navios que fazem esse tipo de transporte são chamados de graneleiros.
Trata-se por sua vez da carga que também é colocada diretamente no porão do navio, mas que é unitizada (agrupada) de alguma forma. Ou seja, a carga pode estar: amarrada, colocada em pallets ou tonéis, em grandes caixas colocadas umas sobre as outras… são muitas possibilidades.
Nesse caso podem entrar as Cargas Projeto e as cargas superdimensionadas. Elas também podem ser transportadas no convés do navio, desde que presas adequadamente.
Ao longo de toda a história, no transporte marítimo as cargas costumavam ser levadas nos porões dos navios. Até que, na década de 1950, um empresário americano chamado Malcolm McLean teve uma grande ideia: colocar essas cargas dentro de grandes caixas metálicas e então organizá-las nos navios.
Essas caixas seriam os primeiros contêineres como conhecemos hoje. Desde então, eles revolucionaram o transporte de carga ao redor do mundo e, a partir daí, a indústria naval passou a construir navios que levam cada vez mais contêineres.
Atualmente eles estão disponíveis nas mais variadas cores, tamanhos e formatos, dependendo da sua utilidade principal. Como padrão existem os com comprimento de 20 pés (pouco mais de seis metros) e de 40 pés (quase 12,2 metros).
Conheça os formatos principais:
Essa é uma das grandes dores de cabeça de quem trabalha com transporte marítimo. Quando um contêiner é descarregado em seu porto de destino, há um acordo de free time, que é o tempo que o importador tem para devolver o contêiner vazio para o Armador.
Essa quantidade de tempo varia conforme a negociação e se, por qualquer motivo, o contêiner não for devolvido no período acordado, é cobrada a Demurrage, que é uma taxa acumulada diariamente.
Como é cobrada para cada dia de atraso, essa cobrança pode representar valores caros e inesperados na sua operação. Por isso é importante prestar muita atenção ao período de free time!
Enquanto a Demurrage diz respeito a uma penalidade aplicada aos importadores depois que seu contêiner desceu no porto de destino, a Detention trata da penalidade aplicada ao exportador que não consegue entregar o contêiner cheio e em tempo no porto de embarque.
Tanto a Demurrage quanto a Detention para contêineres vão em breve ser objeto de um texto aprofundado sobre ambos e como é possível minimizar os riscos de sofrerem essas penalidades, por isso continue conosco para saber mais!
Esse palavrão é um termo essencial do Comércio Exterior e significa International Commercial Terms (em português: Termos do Comércio Internacional).
Em cada operação eles definem, entre importador e exportador, quem irá pagar por cada etapa do transporte e quem irá assumir os riscos caso haja algum dano material; quem será o responsável pelo desembaraço aduaneiro; e se haverá contratação obrigatória de seguro.
Os INCOTERMS são definidos pela Câmara Internacional de Comércio. Atualmente, existem onze termos diferentes, e alguns deles são utilizados exclusivamente no transporte marítimo, estes são:
Assim como em uma viagem de avião, na qual pode ser necessária uma conexão durante o percurso, o transbordo é a “conexão” do transporte marítimo.
Os transbordos tendem a ocorrer nos chamados hub ports, grandes portos com localização estratégica e certa proximidade com outros portos menores.
Com isso em mente, importante notar que o transbordo pode ser um ponto de vital importância para as operações de Comércio Exterior, já que sempre há alguma chance do seu embarque rolar durante essas “conexões” – causando atrasos e custos adicionais.
Conforme vimos neste texto, há muitos termos que são utilizados no cotidiano das operações de transporte marítimo, e cada um tem sua particularidade, sua implicação e possibilidades únicas de gerar dores de cabeça.
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