A Alemanha é a quarta maior economia do mundo, com forte participação no comércio internacional nas áreas da indústria automotiva, engenharia mecânica e indústria química-farmacêutica.
O país é um dos principais países parceiros comerciais do Brasil, além de possuírem fortes investimentos diretos.
Neste artigo, discutiremos aspectos da economia alemã, dados sobre a relação bilateral Brasil e Alemanha, e aspectos culturais.
A economia alemã
Com cerca de 83 milhões de habitantes, a força econômica da Alemanha vem de suas pequenas e médias empresas, que possuem um alto nível de industrialização.
Essas empresas são muitas vezes familiares, especializadas em nichos de mercado com anos de aperfeiçoamento e altamente competitivas no mercado global, desempenhando um papel de inovação e geração de empregos.
Para manter-se no patamar como uma das principais economias no mundo, a Alemanha investe 3% do seu PIB em desenvolvimento.
A Alemanha é o terceiro maior exportador do mundo, destacando-se principalmente na exportação de produtos como carros, medicamentos e produtos da área da saúde, peças de veículos, maquinários e equipamentos.
Por conta do alto volume de exportação, as empresas alemãs dependem significativamente da importação de recursos naturais, insumos e matéria-prima, uma vez que o país não possui reservas consideráveis desses recursos.
Isso demonstra que a Alemanha não apenas se destaca como um grande exportador, mas também desempenha um papel significativo como importador.
Neste cenário, a Alemanha é um destino atrativo para as exportações brasileiras, uma vez que o Brasil possui abundantes recursos naturais e matéria-prima que podem atender às necessidades do mercado alemão. Este complemento entre a oferta brasileira e as demandas alemãs fortalecem as relações comerciais entre ambos, criando oportunidades de negócios.
Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) referente ao ano de 2023, a Alemanha é o 4º principal parceiro comercial do Brasil.
A corrente de comércio no último ano foi de US$ 18.7 bilhões, sendo US$ 5.6 bilhões em exportações do Brasil e US$ 13.1 bilhões em importações provenientes da Alemanha.
O país europeu está em 11º na classificação dos destinos das exportações brasileiras, representando 1,66% do total exportado, e em 3º no ranking das importações, representando em 5,46%.
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Os cinco principais produtos exportados são: café não torrado (19%), farelo de soja e outros alimentos para animais (17%), minério de cobre e seus concentrados (16%), motores de pistão e suas partes (6,9%) e demais produtos da indústria de transformação (3%). Outros produtos com menor participação são celuloses, elementos químicos, minério de ferro, calçados, joias e tabaco.
Os cinco principais produtos importados são: medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (8,2%), compostos organo-inorgânicos (7,5%), partes e acessórios dos veículos automotivos (5,3%), outros medicamentos incluindo veterinário (5,1%), demais produtos da indústria de transformação (4,9%). Outros produtos com um percentual menor nas importações são veículos, automóveis de passageiros, aparelhos elétricos, máquinas e equipamentos, adubos ou fertilizantes químicos, e demais produtos principalmente relacionados a equipamentos de indústrias.
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Estes dados mostram a importância da relação comercial entre os dois países, mas, ao mesmo tempo, há um espaço enorme para aumento no volume de comércio.
Além disso, há uma diferença notável no tipo de produto comercializado, o Brasil exporta majoritariamente produtos em estado bruto ou sem muito valor agregado, já os produtos que importamos da Alemanha são tecnológicos, com alto processamento industrial e valor agregado. Esta diferença no perfil das mercadorias faz com que a balança comercial fique positiva para o lado da Alemanha.
As relações entre o Brasil e Alemanha se iniciam em 1871, após a unificação alemã e a criação do Império Alemão. Também houve a onda migratória para o Brasil no final do século XIX.
Durante a Segunda Guerra Mundial, estas relações foram rompidas e retomadas em 1951.
Nos anos 60 e 70, ocorreu o surgimento do atual parque industrial brasileiro, com participação de empresas alemãs que estavam se internacionalizando.
Há cerca de 1.600 empresas alemãs com presença consolidada no Brasil, contribuindo aproximadamente com 10% para a composição do PIB industrial do país. Em São Paulo, mais de 800 subsidiárias de empresas alemãs estão estimadas para terem sua sede. A cidade é reconhecida como o principal polo industrial, concentrando a maior quantidade de empresas alemãs fora da Alemanha.
Em 2018, as estatísticas do Bundesbank indicaram que o estoque de investimentos diretos da Alemanha no Brasil totalizou 18,6 bilhões de euros. Por outro lado, o Brasil registrou um estoque de investimentos diretos na Alemanha no valor de € 86 milhões no mesmo ano.
Ao desenvolver relacionamentos comerciais com empresas alemãs, é importante saber navegar e estar ciente de alguns aspectos culturais que podem influenciar no resultado das negociações:
Entender as diferenças culturais são importantes para um resultado mais assertivo e sucedido nas negociações.
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Notamos ao longo do artigo, aspectos importantes sobre a relação bilateral Brasil e Alemanha, as relações comerciais entre os países são promissoras, já que ambos são fortes potências econômicas e possuem interesses em comum devido ao perfil exportador de cada um.
Também foram observados os principais produtos exportados e importados no último ano, o percentual de participação no comércio exterior brasileiro, os investimentos de empresas alemãs no Brasil com seu contexto histórico. Por fim, entendemos a importância dos aspectos culturais em uma negociação.
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