O comércio internacional é altamente influenciável por questões geopolíticas, climáticas e econômicas. A forte conexão comercial entre as nações faz com que um fenômeno local ganhe facilmente escala global.
Para 2025, a Organização Mundial do Comércio (OMC) projeta um aumento de 3,0% no comércio global de mercadorias, porém há ainda muitas incertezas que podem moldar este resultado.
Neste artigo, iremos explorar as principais perspectivas, tanto positivas quanto negativas, que podem influenciar o comércio global ao longo deste ano.
Em 2024, enchentes devastaram regiões no Rio Grande do Sul e em Valência, na Espanha, enquanto a estiagem na região Norte do Brasil e no Canal do Panamá foram um desafio para a navegação. Esses fenômenos não apenas afetam a vida das pessoas, mas também geram consequências econômicas negativas no comércio exterior.
Embora esta não seja uma previsão ou perspectiva para 2025, como estes eventos climáticos estão se tornando cada vez mais frequentes, é exigido atenção redobrada por parte de empresas e governos, demandando uma cadeia de suprimentos mais estratégica e com um planejamento que leve em consideração situações fora do convencional.
É esperado que as empresas adotem cada vez mais práticas voltadas à sustentabilidade ambiental, acompanhando uma tendência de mercado e de políticas públicas voltadas a este aspecto.
No setor logístico, a substituição de combustíveis derivados do petróleo por soluções mais sustentáveis está avançando, em todos os modais de transporte. No entanto, um dos desafios dessa transição é o alto custo dos combustíveis renováveis, que de forma geral ainda são mais caros e restritos do que os combustíveis fósseis.
Políticas públicas também estão tomando uma maior proporção em relação à sustentabilidade. A partir de 30 de dezembro de 2025, na União Europeia (UE), entrará em vigor a Regulação Europeia sobre Desmatamento (EUDR), que tem como objetivo garantir que os produtos exportados para o bloco não estejam associados ao desmatamento.
Diversos produtos exportados do Brasil para a UE estarão sujeitos à EUDR, o que exige que produtores e exportadores brasileiros se preparem para atender aos novos requisitos.
Muito do que pode acontecer a nível global, na esfera geopolítica e econômica, pode ser influenciado pela política dos EUA, com Donald Trump na presidência.
Durante sua campanha presidencial, Trump fez promessas protecionistas, como o aumento das tarifas de importação.
Ainda não se sabe se as promessas serão levadas à risca. Até o momento, as primeiras medidas concretas de tarifas foram a imposição de 25% sobre importações canadenses e mexicanas, além de 10% sobre as importações chinesas.
Alguns dias após o anúncio, a imposição das tarifas sobre o México e Canadá foram pausadas pelo período de um mês, pois houve um consenso sobre o controle das fronteiras, um dos motivos principais para a criação das tarifas.
Já as tarifas de 10% para a China permanecem. Em resposta, a China anunciou a implementação de tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito, e de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns tipos de veículos.
Iniciada em outubro de 2024, a transição das operações de importação para o Portal Único Siscomex deve continuar avançando e ser concluída até o final de 2025.
No primeiro semestre deste ano, a previsão é que as operações do modal aéreo migrem para a Declaração Única de Importação (Duimp), e no segundo semestre é a vez das operações do modal rodoviário e da Zona Franca de Manaus. Em paralelo ao longo do ano, será englobado diferentes regimes e escopos, e aos poucos deixando de lado o Siscomex LI/DI.
O NPI visa desburocratizar as operações de importação no Brasil, reduzindo prazos, custos, centralizando e integrando as informações, beneficiando operadores públicos e privados.
Essa transição traz a necessidade de adaptação dos despachantes aduaneiros e importadores à nova sistemática. A Duimp, embora vise facilitar a rotina dos operadores do comércio exterior, também traz ainda mais responsabilidade na prestação de informações e compliance.
Para o comércio exterior brasileiro deste ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) prevê um superávit de US$60 bilhões a US$80 bilhões da balança comercial.
Nas exportações, é esperado que o valor atinja entre US$320 bilhões a US$360 bilhões, ante os US$337 bilhões de 2024, o segundo maior montante da série histórica.
Já nas importações, é projetado um valor entre US$260 bilhões a US$280 bilhões, ante os US$262,5 bilhões de 2024.
A corrente de comércio está prevista para encerrar o ano entre US$580 bilhões e US$640 bilhões.
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